Wall Street tem alta firme após indicadores apontarem para desaceleração da economia
NESTA MANHÃ
Wall Street tem alta firme após indicadores apontarem para desaceleração da economia.
- As bolsas na Ásia encerraram os negócios em alta, impulsionadas por um segundo dia de rali em Wall Street. Na volta de um feriado, o índice Hang Seng saltou 5,9%, enquanto o Nikkei subiu 0,48%. Na China continental, os mercados estão fechados nesta semana devido a um feriado.
- Na Europa, as bolsas operam em baixa, interrompendo uma sequência de três pregões de ganhos, após dados de atividade econômica sugerirem que a zona do euro provavelmente não conseguirá evitar uma recessão. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,71%.
- O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro caiu de 48,9 em agosto para 48,1 em setembro, atingindo o menor nível em 20 meses e com o resultado abaixo de 50 mostrando que a atividade segue em contração, conforme pesquisa final divulgada pela S&P Global. O número final de setembro ficou um pouco abaixo da leitura preliminar, de 48,2. Ao passo que o PMI de serviços diminuiu de 49,8 para 48,8 no mesmo período, tocando o menor patamar em 19 meses e vindo também abaixo do cálculo inicial, de 48,9.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no negativo.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,69%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,73%, a US$ 92,47 o barril.
- O ouro recua 0,87%, a US$ 1.711,40 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 20,1 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: Produção Industrial (Ago)
- 09:15 EUA: Variação de Empregos Privados ADP (Set)
- 10:00 Brasil: PMI Composto (Set)
- 10:45 EUA: PMI Composto (Set)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Embora em ritmo mais moderado, o sinal em boa parte do dia era de que o Ibovespa estenderia a série de ganhos pela terceira sessão. O índice, no entanto, terminou próximo a estabilidade, com alta de 0,08%, aos 116.230,12 pontos.
Os juros futuros fecharam perto da estabilidade e viés de baixa na ponta longa. Depois da reação firme ao primeiro turno eleitoral, nessa sessão o mercado priorizou o exterior, acompanhando a trajetória dos Treasuries, e a ampliação da alta do petróleo também contribuiu para esfriar o impulso de baixa das taxas. Internamente, a agenda econômica esteve esvaziada e os agentes acompanham agora a definição dos apoios para o segundo turno e eventuais anúncios de propostas para a área econômica por parte dos candidatos.
O dólar enfrentou um dia de instabilidade no mercado doméstico de câmbio. De acordo com operadores, o clima de cautela diante das articulações dos presidenciáveis para o segundo turno e movimentos técnicos limitaram o espaço para queda da divisa por aqui, apesar da forte rodada de baixa da moeda americana no exterior, na esteira da perspectiva de moderação do aperto monetário nos EUA. Assim, a divisa fechou em baixa de 0,17%, cotada a R$ 5,1680.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam com fortes altas, impulsionadas por perspectivas de que o aperto monetário do Fed pode ter atingido seu pico. O relatório Jolts de agosto mostrou que as vagas de emprego registraram seu primeiro declínio significativo, o que pode ser o início dos pontos de dados necessários para o Fed mudar sua postura agressiva de aperto. Além disso, o Twitter foi destaque na sessão, subindo mais de 20%, em dia no qual o CEO da Tesla, Elon Musk, reafirmou a intenção de comprar a empresa nos termos previamente acordados. O índice Dow Jones fechou em alta de 2,80%, enquanto o S&P 500 subiu 3,06% e o Nasdaq avançou 3,34%.
Os rendimentos dos Treasuries caíram na ponta curta, à medida que certo alívio contaminou os mercados diante de indicadores da economia americana que foram interpretados como um sinal de que o Fed pode não ser tão rígido no aperto monetário. Em segundo plano, ficaram os comentários de dirigentes do BC americano, que seguem defendendo que a instituição deve manter o ritmo.
O índice DXY recuou 1,50%, com investidores e analistas avaliando indicadores e ponderando sobre eventuais ajustes na política monetária.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
A abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos caiu a 10,053 milhões em agosto, de acordo com o relatório Jolts, publicado pelo Departamento do Trabalho do país. O número de julho foi ligeiramente revisado para baixo, de 11,239 milhões a 11,170 milhões.
As encomendas à indústria nos Estados Unidos ficaram estáveis em agosto ante julho, em US$ 548,4 bilhões, de acordo com dados publicados pelo Departamento do Comércio. O resultado veio em linha com a expectativa de analistas consultados pelo WSJ.
POLÍTICA NO BRASIL
O governo Jair Bolsonaro gastará R$ 6,4 bilhões até 25 de outubro com benefícios que não estavam incluídos no Orçamento. A conta soma: valor extra no Auxílio Brasil; aumento do vale-gás; e vouchers aos caminhoneiros e taxistas. O presidente confirmou o pagamento de 13° salário a mulheres beneficiárias do Auxílio Brasil no final de 2023. Os beneficiários já haviam recebido R$ 12,2 bilhões do pacote de bondades de agosto a setembro (antes do 1º turno). O Ministério da Cidadania colocou mais 477 mil famílias no Auxílio Brasil em outubro, com isso, agora são 21,1 milhões. Houve um aumento de 16,5% no total de famílias contempladas na comparação com julho (18,1 milhões). (Valor / Poder 360)
Nesta semana, os partidos começam a definir seus apoios aos candidatos na disputa pelo Planalto no 2º turno. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com o apoio declarado de 13 siglas enquanto o chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), com 4. Enquanto entre os governadores eleitos em 1º turno, 7 se alinharam ao atual presidente e 4, ao petista. (Poder 360)
O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga decidiu declarar o voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em razão de preocupações com a “qualidade da democracia”. Para ele, no momento, hierarquicamente a discussão sobre a agenda econômica deve esperar um pouco. Além disso, outros nomes como o ex-governador de São Paulo, José Serra, e o ex-presidente nacional do PSDB, José Aníbal, oficializaram apoio à candidatura de Lula. (Valor / Poder 360)
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