Inflação EUA | Agosto

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Inflação EUA | Agosto 13.09.2022

DIRETO AO PONTO
  • O índice de preços ao consumidor nos EUA (CPI) acelerou 0,1% em agosto na comparação com o mês de julho, conforme divulgado pelo Departamento do Trabalho americano. O mercado esperava uma deflação (-0,1%) de acordo com a agência Bloomberg, o que indicaria que a economia americana estaria se afastando mais rapidamente do pico inflacionário atingido em junho (9,1%).
  • A resiliência da inflação pressiona o Fed, o Banco Central americano. Algumas apostas do mercado já migraram para um aumento de 100 bps na próxima reunião do FOMC no dia 21, apesar da maioria ainda acreditar em uma alta de 75 bps, de acordo com o CME.
  • Para o Copom, a política monetária externa é mais uma variável desafiadora em sua conta. Quanto mais lentamente a inflação dos EUA for controlada, mais complicado é iniciar o processo de corte de juros no Brasil. Essa surpresa da inflação nos EUA, contudo, não altera as nossas projeções para o Copom que também ocorre da próxima semana, mas reforça a nossa perspectiva de que política monetária deverá seguir em terreno contracionista (13,75%) até meados do ano que vem.
  • Essa frustração com a inflação, em parte, justifica a inversão dos movimentos nas bolsas pelo mundo, que estavam subindo pela manhã e mudaram a trajetória após a divulgação. 
  • De maneira geral, quando há surpresas para cima na inflação, se espera que os bancos centrais precisem agir de forma mais dura. Como consequência os setores mais impactados são os mais sensíveis a juros, nomeadamente tecnologia, os que dependem mais de atividade econômica interna (consumo e varejo), bem como os mais endividados.
  • Esses impactos distintos podem ser vistos nos índices. O Nasdaq, mais concentrado em tecnologia, recuou 5,16%. Já o Ibovespa cedeu 2,30%. O fato de o Brasil estar em outra fase do controle inflacionário e do ciclo de juros nos permite solavancos menores.


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