O cenário externo é desafiador com os juros elevados. No Brasil, as oportunidades são diversas.

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PERSPECTIVAS PARAS AS CLASSES DE ATIVOS

CLASSE DE
ATIVO
CURTO
PRAZO
MÉDIO
PRAZO
COMENTÁRIOS
Renda Fixa Pós
Entendemos que a comunicação e as projeções do BC levarão à manutenção da taxa Selic em 13,75% na reunião de setembro. 

A Selic deve permanecer neste patamar até pelo menos o 3º trimestre do ano que vem, para terminar 2023 em 10,75%. 

O último relatório Focus trouxe novamente a SELIC em 11% no fim de 2023 e 8% em 2024.

Por isso, os ativos pós-fixados que englobam títulos públicos (Tesouro Selic – LFT), privados e os fundos de renda fixa seguem como fonte geradora relevante de rendimento no curto e médio prazos.
Renda Fixa – Pré
Os juros futuros seguem oscilando, mas dentro de um patamar que precifica o fim do ciclo de alta de juro, desaceleração da inflação e arcabouço fiscal mínimo para a sustentabilidade das contas no longo prazo. 

Mas, como o cenário no exterior também influencia os preços dos ativos dessa classe, a variação dos preços de commodities e do dólar, assim como os juros do Fed contribuem para alguma volatilidade.

As taxas negociadas atualmente são oportunidades que podem rarear, com a desaceleração da inflação e fim do ciclo de alta de juros. Caso contrário, os prêmios pelo risco estão de certa forma precificados.  

O título do Tesouro pré com vencimento em 2025, está sendo negociado a 12,10%. Em títulos bancários há taxas brutas em torno de 14% a partir de um ano. Remuneração acima de 15% já é mais difícil de encontrar. 
Renda Fixa Inflação
O IPCA-15 apresentou deflação de 0,73% em agosto, puxado pelos preços dos combustíveis, com destaque para a gasolina. Desse modo imprime a menor taxa da série do IBGE, iniciada em 1991. Em 12 meses, a prévia da inflação ficou em 9,60%. A difusão e núcleo vieram menores também.

Assim sendo, esperamos que o IPCA de agosto, que sai no início do próximo mês, será novamente negativo, incorporando a queda do ICMS no preço de combustíveis e energia elétrica e redução no preço do petróleo.

Com outro mês registrando deflação, o retorno nominal dos indexados ao IPCA ficará novamente abaixo do CDI. 

Muito tem-se falado que essa classe de ativo não protege contra a inflação alta, pois ela é impactada negativamente quando os juros começam a subir e depois quando a inflação inicia o processo de desaceleração, como efeito da política monetária restritiva. 

Isso é verdade no curto prazo, sobretudo para os títulos com maior duração e marcados a mercado. Porém, historicamente, os ativos atrelados ao IPCA proporcionam ganhos reais relevantes ou nominais significativamente acima do CDI.

Assim, os retornos nominais dos ativos indexados ao IPCA poderão ter outro mês abaixo do CDI, mas com a inflação recuando, os ganhos reais estão se acumulando.
Imobiliário
O mercado imobiliário precisa de um cenário mais estável para retomar a trajetória positiva. Assim sendo, a perspectiva para a categoria no curto prazo continua neutra.

Para o médio prazo vemos potencial de valorização para fundos de lajes corporativas e logística.

Os dividendos distribuídos, sobretudo pelos fundos de recebíveis e Fiagros, seguem elevados e são indicados para investidores com objetivos de geração de renda recorrente. 

Veja aqui as oportunidades destacadas pela equipe de fundos imobiliários.
Multimercado
Mantemos as perspectivas positivas para o curto e médio prazos para a classe.

Os juros altos são favoráveis para os fundos multimercado. Além disso, os gestores podem adicionar retornos operando a volatilidade e a reprecificação de ativos globais.  

Veja os fundos recomendados pelo nosso time.
Câmbio
Com o Fed confirmando que mais altas de juros estão por vir e que as taxas permanecerão elevadas por algum tempo, o DXY ganhou mais força e acumula 13% de alta no ano. 

Entre os principais pares da moeda americana, destacamos a desvalorização do euro que foi negociado novamente abaixo de um dólar. 

Por aqui, mantemos a projeção para a taxa de câmbio para o final do ano em R$ 4,95, com o preço médio estimado entre R$ 5,15 e R$ 5,25 para 2022, se não houver surpresas para as eleições ou mudanças no cenário externo. 

No momento, o preço médio acumulado no ano é de R$ 5,13.
Commodities/
Ouro

O ouro é comumente demandado em cenário de inflação alta, mas com as taxas elevadas, e qualquer possibilidade de afrouxamento monetário descartada pelo Fed, o metal precioso perdeu a atratividade, pois não gera rendimentos.

Nesse cenário, os títulos do Tesouro dos EUA e o dólar são preferíveis. Mantemos a perspectiva neutra para o ouro no curto e médio prazos. 
Renda Variável
Seguimos com perspectivas positivas para as ações brasileiras. O target de 125 mil pontos para o Ibovespa foi mantido. 

O Ibovespa chegou perto de 114.000 pontos, depois de registrar um excelente desempenho em julho. O movimento pode continuar, pois os preços de boas empresas ainda estão atraentes. O P/L do Ibovespa está em 6,5x, bastante inferior à média da década passada (13x). No pior momento, no governo da Dilma, o P/L foi a 9x.  

A entrada de capital estrangeiro, que se aproxima de R$ 20 bilhões em agosto, é positiva para o mercado.  

As sugestões dos nossos especialistas para investimentos em renda variável estão em Trade Ideas e Carteiras de ações.
Investimento no Exterior
A Europa está enfrentando a pior seca em 500 anos, diz instituto da UE. Há, no entanto, previsões de chuvas, mas que podem vir acompanhadas de tempestades e causar enchentes, ampliando os problemas da região. Os preços de energia na Europa atingiram novos recordes.

A OPEP pode reduzir oferta de petróleo para reequilibrar os preços no mercado internacional diante da possibilidade de retração econômica global.

A ata do Fed (18) sinalizou que a autoridade vai seguir com o aperto monetário para domar a inflação,
apesar de dados mais fracos da economia. Jerome Powell, presidente do banco central americano, confirmou em seu discurso no Simpósio de Jackson Hole (26). Além disso, Powell reforçou que as taxas deverão permanecer em patamar elevado por mais tempo para trazer a inflação para a meta de 2%.

A lista de desafios segue repleta de potenciais catalisadores para a volatilidade. 

Assim sendo, mantivemos as perspectivas neutras para o curto e médio prazos para os investimentos no exterior.
Criptoativos
Em linha com os investimentos no exterior, seguimos com as perspectivas neutras para os criptos.

O Bitcoin está orbitando no patamar de US$ 20 mil, enquanto o apetite ao risco foi reduzido, após o presidente do Fed enfatizar que as taxas de juros podem ter que permanecer elevadas para conter a inflação.

O Ether, o segundo maior token, em trajetória de queda há algumas semanas, vem flutuando antes de sua tão esperada atualização do “Merge”, que deve ocorrer em meados de setembro.

Os investidores antecipam que a atualização do software (Merge) pode aumentar o preço do token, já que o novo mecanismo substitui um processo, no qual os mineradores de criptomoedas usam computadores que consomem muita energia para proteger a rede e ganhar dezenas de milhões de dólares no token como recompensa. Isso reduz a sua pegada de carbono. Além disso, o novo mecanismo também ajuda a diminuir a taxa de emissão de novos tokens, eliminando os mineradores.

Órama DTVM, Renda Fixa Retorno , Diversificação de Renda Fixa


Este material foi elaborado pela Órama DTVM S.A.. Este material não é uma recomendação e não pode ser considerado como tal. Recomendamos o preenchimento do seu perfil de investidor antes da realização de investimentos, bem como que entre em contato com seu assessor para orientação com base em suas características e objetivos pessoais. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao valor total do capital investido. Este material tem propósito meramente informativo. A Órama não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações aqui divulgadas. As informações deste material estão atualizadas até 29/08/2022.

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