Carteira Dividendos – Setembro de 2022

Compartilhe o post:
Carteiras recomendadas Órama: Carteira Dividendos – Setembro de 2022

Em agosto, tivemos mais um mês espetacular na carteira dividendos, que acumulou uma alta de 16,7%, contra uma alta de somente 4,3% do IDIV, o índice de referência. Desde o início da carteira, em julho de 2021, a performance da carteira é positiva em 33%, com o IDIV subindo somente 2% e o Ibovespa acumulando queda de 14%. A ação da M. Dias Branco foi a maior contribuidora para esta performance, acumulando alta de 36% no mês. Minerva também destaque, com alta de 20%. Estamos retirando as ações da M. Dias Branco da carteira neste mês de setembro. A ação acumula alta de 70% nos últimos três meses. O desempenho foi estelar, e a empresa segue performando de maneira bastante satisfatória, porém vemos espaço limitado para novas altas. Estamos incluindo no lugar as ações da Klabin. A empresa tem um bom histórico de pagamento de dividendos, tem diferenciais competitivos relevantes, tanto geográficos e biológicos quanto industriais. Opera num múltiplo relativamente barato, e com isso vemos espaço para ganhos, além do dividend yield que supera o nosso alvo.

Quer investir com segurança? Conte conosco! Clique aqui e abra a sua conta

* Últimos 12 meses



Recomendações

Banco ABC – ABCB4

Este é o antigo banco Roma, da família Marinho, que foi vendido para os investidores árabes atuais controladores. Com foco exclusivo em crédito para grandes empresas, o banco opera de uma forma estável e previsível, mantendo o risco de crédito bem baixo e alavancagem conservadora.

O banco tradicionalmente opera com o ROE na casa de 15%, mas recentemente tem registrado um número menor, na casa dos 12%, por questões conjunturais. O preço está atrativo, em 0,7x valor patrimonial, representando uma ótima oportunidade de investimento bom pagador de dividendos.


Bradesco — BBDC4

O Bradesco é um dos maiores bancos deste país, com o seu principal negócio na concessão de crédito, mas também em serviços financeiros, investment banking e seguros. O banco possui um economics razoavelmente estável, com previsibilidade nos números de curto prazo.

Optamos por colocá-lo na nossa carteira primeiramente pela relevância do business de concessão de crédito no negócio, em especial no que se refere aos clientes large corporate. Este será um dos últimos negócios a serem atacados pelas fintechs, além de se beneficiar de um fator conjuntural que é a alta da Selic. O business de seguro de saúde também deve se beneficiar dessas mesmas componentes.

Nesse preço de 1,3x valor patrimonial, o banco se mantém com um dos valuations mais atrativos do setor. Esperamos uma deterioração de longuíssimo prazo no RoE por conta de menos receita nos serviços financeiros ao varejo, mas ainda assim o papel se mantém atrativo.


Minerva – BEEF3

O momento para este setor é ótimo: a demanda internacional por alimentos não para de crescer, e por carne bovina em especial. A China ainda não conseguiu recuperar o seu plantel da gripe suína ocorrida em 2019 e o consumidor elegeu a carne de boi como substituta, puxando os preços para cima.

É claro que os preços do grão e do boi vivo subiram bastante, mas a Minerva tem registrado resultados excepcionais. Os donos da companhia sempre operaram de forma conservadora, e a expectativa não é de grandes M&As, mas sim de dividendos gordos nos próximos anos.


Wilson Sons – PORT3

A Wilson Sons é uma empresa que opera em navegação. Os maiores negócios da cia. são a operação dos portos do Rio Grande e de Salvador, bem como o mercado de navios reboque, das quais a Wilson Sons detém 50% de participação.

A empresa é centenária e atravessou momentos extremamente complicados para a navegação brasileira mantendo a sua solvência e lucratividade. As linhas de negócio, portanto, são muito resilientes, com um planejamento sólido e execução impecável. Em termos de preço, vemos upside relevante, bem como uma oportunidade de diversificação setorial desta carteira. Por estas razões, incluímos no nosso portfólio.


Klabin – KLBN11

A Klabin é tradicionalmente uma empresa produtora de embalagens, feitas com celulose de fibra longa. Nos últimos anos, tem investido pesado na produção de fibra curta, não só para venda no mercado, mas também para utilização nos seus produtos. A fibra curta é mais barata, devido ao crescimento do Eucalipto ser mais acelerado que o do Pinus.

A empresa é grande geradora de caixa e consegue aliar amplo pagamento de dividendos à crescimento robusto. O indicador de dívida neste momento está bastante controlado, devido à empresa ter finalizado recentemente mais um ciclo de crescimento.


Performance


Produto


O disclaimer da referida análise encontra-se no relatório completo disponível abaixo

Compartilhe o post:

Posts Similares