Entrevista de Bolsonaro no JN e o Orçamento de 2023

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DESTAQUES DE BRASÍLIA

  • Entrevista de Bolsonaro no JN: aliados veem saldo positivo e dizem que ele não perdeu equilíbrio
  • Orçamento 2023: Texto trará Auxílio Brasil no valor oficial de R$ 400 e ‘compromisso’ de R$ 600
  • STF manda ANP e Cade apresentarem apurações sobre política de preço da Petrobras
  • Para reforçar aliança com o agronegócio, vice de Bolsonaro vai ao Mato Grosso

Entrevista de Bolsonaro no JN: aliados veem saldo positivo e dizem que ele não perdeu equilíbrio

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) afirmam que a participação do presidente na sabatina do Jornal Nacional, na TV Globo, na noite desta segunda-feira (22), teve um saldo positivo para o mandatário, principalmente por ele não ter perdido o equilíbrio nos 40 minutos em que respondeu a perguntas dos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos.

A maior preocupação do entorno de Bolsonaro era que ele pudesse perder o equilíbrio e cometer grosserias, especialmente com a apresentadora Renata Vasconcellos. A rejeição entre as mulheres é um dos principais empecilhos de Bolsonaro. Um comentário machista ou agressivo poderia ser danoso para a imagem do presidente junto a esse eleitorado, segundo seus aliados.

No Twitter, Flávio Bolsonaro comentou que os entrevistadores “desistiram da entrevista para atacar Bolsonaro, mas não acharam que ele estaria preparado para todas as perguntas”. O presidente, por sua vez, ironizou e chamou a sabatina de “pronunciamento de Bonner“.

Hoje (23), a bancada do JN recebe Ciro Gomes do PDT para entrevista às 20:30.  (Folha)

Orçamento 2023: Texto trará Auxílio Brasil no valor oficial de R$ 400 e ‘compromisso’ de R$ 600

A quase uma semana do prazo legal de envio do Orçamento do próximo ano ao Congresso (31/08), a equipe econômica prepara uma proposta oscilando entre os limites técnicos do texto e as demandas eleitorais do presidente Jair Bolsonaro.

A proposta orçamentária vai trazer, “oficialmente”, o valor de R$ 400 para o benefício, embora o governo vá “deixar claro” que o Auxílio Brasil seguirá em R$ 600 mensais para o próximo ano. Isso deve estar presente na Mensagem que será enviada ao Congresso, assim como na Exposição de Motivos, como é chamada tecnicamente a justificativa de um projeto de lei.

A polêmica ocorre pois o benefício atual de R$ 600 só vale até dezembro — a lei aprovada no Congresso prevê recursos somente até o fim deste ano. Depois, voltaria para R$ 400.

Bolsonaro, assim como os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), prometeram manter o auxílio em valor maior no próximo ano. Ciro chega a prometer um benefício de R$ 1 mil. Mas isso precisa ser oficializado junto ao Congresso.

Com mais de 20 milhões de famílias inscritas, o Auxílio Brasil de R$ 400 custaria R$ 110 bilhões no próximo ano — valor que deverá constar no Orçamento. Já o benefício de R$ 600 teria um custo de R$ 160 bilhões, ou seja, R$ 50 bi a mais do que o previsto. Por isso, para integrantes do governo, seria preciso aprovar uma nova proposta de emenda à Constituição (PEC) ainda neste ano para garantir o valor mais alto também em 2023.

Além do Auxílio Brasil, foi decidido que o Orçamento de 2023 precisará de espaço para manter a zeragem de impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre gasolina, óleo diesel e biocombustíveis, além do gás de cozinha.. A medida custará cerca de R$ 55 bilhões, segundo cálculos em discussão no Planalto. Com articulação do governo, o Congresso zerou neste ano os impostos federais. Essa desoneração, porém, só valeria até dezembro. 

Da mesma forma, os técnicos tentam encaixar no Orçamento outra promessa de Bolsonaro: reajustar a tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas. A correção é uma promessa de campanha do presidente em 2018 que chegou a ser proposta, mas não avançou no Congresso.

Também como parte das promessas de Bolsonaro, o Orçamento terá reservado um espaço para servidores públicos. Porém, sem entrar em detalhes sobre percentuais de reajuste. A equipe econômica defende a concessão de um aumento correspondente à inflação projetada para o ano que vem. O mercado projeta uma inflação de 5,33% para 2023, enquanto o governo trabalha com um percentual menor, de cerca de 4,5%.

A proposta do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder um reajuste de 18% em dois anos, porém, embolou esse processo. O governo teme uma reação dos servidores do Executivo caso seja oferecido um percentual de reajuste menor.  (O Globo)

STF manda ANP e Cade apresentarem apurações sobre política de preço da Petrobras

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (22) que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apresentem, no prazo de cinco dias, detalhes de ações a serem adotadas para “para garantir a transparência e regularidade dos preços praticados em relação aos combustíveis no país”.

A decisão se deu no âmbito de uma ação que discute a regulamentação dos estados sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) único para combustíveis. (CNN)

Para reforçar aliança com o agronegócio, vice de Bolsonaro vai ao Mato Grosso

O general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, está negociando uma série de agendas de campanha no Mato Grosso, Estado que concentra algumas das principais lideranças do agronegócio. Os detalhes estão sendo negociados com o senador Wellington Fagundes (PL-MT), que é candidato bolsonarista à reeleição. A tendência é que a agenda aconteça até o fim do mês em quatro cidades: Sorriso, Sinop, Cuiabá e Rondonópolis.Segundo Fagundes, a ofensiva do vice não deve ficar restrita ao Mato Grosso. A intenção da campanha de Bolsonaro, com isso, é prestigiar os candidatos que estão alinhados com o atual governo nos Estados. Além do senador, Bolsonaro também apoia a reeleição do atual governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União). (Valor)

Lorena Laudares |  Mestre em Ciência Política 

(21) 98115-6831 –  lorena.laudares@orama.com.br

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