Bolsas operam sem direção definida enquanto investidores avaliam impacto da inflação na trajetória dos juros americanos

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NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Bolsas operam sem direção definida enquanto investidores avaliam impacto da inflação na trajetória dos juros americanos.
  • As bolsas da Ásia fecharam sem direção definida, seguindo o comportamento de Wall Street, à medida que persistem incertezas sobre a trajetória dos juros nos EUA. O Xangai Composto recuou 0,15%, Hang Seng avançou 0,46%, enquanto o Nikkei subiu 2,62%, recuperando após um feriado no Japão. 
  • Na Europa, as bolsas operam em alta à medida que investidores digerem dados econômicos melhores que o esperado da região. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,06%.  
  • A produção industrial da zona do euro subiu 0,7% em junho ante maio, de acordo com a Eurostat. O resultado ficou acima da expectativa de analistas, que previam alta de 0,1%. Enquanto, na comparação anual, houve expansão de 2,4% em junho. A projeção do mercado era de ganho de 0,4%.
  • O PIB do Reino Unido caiu 0,1% de abril a junho em comparação com o trimestre anterior, conforme a leitura preliminar do ONS, diminuindo com relação à expansão de 0,8% registrada no primeiro trimestre. Economistas consultados pelo WSJ esperavam contração de 0,2%. Já com relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve expansão de 2,9%, em linha com as expectativas.
  • A produção industrial do Reino Unido recuou 0,9% em junho ante maio, de acordo com o ONS. Economistas ouvidos pelo WSJ esperavam retração de 1,7%. Na comparação anual, a produção avançou 2,4%, enquanto os analistas esperavam uma alta de 1,2%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,86%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,56%, a US$ 99,04 o barril.
  • O ouro cai 0,13%, a US$ 1.787,55 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 23,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:30 EUA: Preços de Bens Exportados (Jul)
  • 11:00 EUA: Confiança do Consumidor Michigan (Ago)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Apesar de ter aberto o dia com fôlego, puxada pelas ações do setor minero-siderúrgico, o Ibovespa acompanhou o exterior e fechou em baixa de 0,47%, aos 109.717,94 pontos.

Os juros futuros fecharam em alta nos vencimentos intermediários e longos, refletindo a correção do mercado às quedas recentes nos prêmios de risco e estimulados ainda pela alta do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, apesar da inflação no atacado nos Estados Unidos ter surpreendido para baixo. A ponta curta terminou estável, numa sessão sem vetores capazes de alterar a percepção sobre a Selic nos próximos meses. Nem a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) nem o anúncio da redução do preço do diesel provocaram reação das taxas.

O dólar engatou movimento de alta na sessão de negócios e o real se descolou da valorização vista em boa parte de divisas emergentes e fortes. Analistas apontam questões internas, como as incertezas com questões fiscais e políticas, como fator que impede a moeda local de manter uma trajetória mais firme de valorização ainda que notícias externas tenham sido mais favoráveis para o enfraquecimento do dólar no âmbito global. Assim, o dólar fechou em alta de 1,44%, a R$ 5,1580.

A Petrobras anunciou a segunda redução do preço do diesel em uma semana – a segunda também desde a entrada do novo presidente da estatal, Caio Paes de Andrade. A redução de 4% (ou R$ 0,22 por litro) começa a vigorar hoje (12) nas refinarias da empresa, com o diesel passando a ser negociado por R$ 5,19. O preço da gasolina permanece inalterado. A queda acontece em um momento em que o petróleo volta a subir no mercado internacional, após vários dias em queda, mas se mantém abaixo dos US$ 100 por barril.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, enquanto operadores avaliam os impactos do alívio na inflação sobre a postura do Fed. O índice de preços ao produtor (PPI) mostrou deflação em julho, na esteira da desaceleração do indicador para o consumidor (CPI). O índice Dow Jones subiu 0,08%,ao passo que o S&P 500 cedeu 0,07% e o Nasdaq caiu 0,58%.

As taxas dos Treasuries subiram. O foco do mercado esteve na divulgação dos dados do PPI, que surpreenderam para baixo. Analistas acreditam, porém, que o Fed deve continuar sua trajetória de escalada de juros. Além disso, o índice DXY recuou 0,10%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos caiu 0,5% em julho ante junho, de acordo com dados publicados pelo Departamento do Trabalho. O resultado surpreendeu analistas consultados pelo WSJ, que previam alta de 0,2% no período. No confronto anual, o PPI subiu 9,8% em julho, mas desacelerou em relação ao salto de 11,3% de junho. Também na comparação anual, o núcleo do PPI avançou 5,8% no mês passado, depois de aumentar 6,4% em junho.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O volume de serviços prestados em junho registrou expansão de 0,7%, na comparação com maio, com avanços em quatro das cinco atividades pesquisadas, conforme dados divulgados pelo IBGE. De acordo com a pesquisa, foram destaques os desempenhos dos segmentos de transportes (0,6%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%). As demais altas ocorreram em outros serviços (0,8%) e serviços prestados às famílias (0,6%). A única taxa negativa em junho foi registrada pelo segmento de informação e comunicação (-0,2%).

POLÍTICA NO BRASIL

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta 6ª feira (12) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 42% das intenções de voto em Minas Gerais. O atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), tem 33%. Há um mês, a diferença entre os 2 era de 18% (46% do petista contra 28% do presidente). Agora, é de 9%. (Poder 360)

O PT estuda vincular o pagamento do Auxílio Brasil à vacinação contra a covid e outras doenças em eventual novo governo Lula. De acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), um dos formuladores do partido na área de saúde, seria um resgate das contrapartidas que o Bolsa Família exigia dos beneficiários. Seriam incluídas todas as vacinas do PNI (Plano Nacional de Imunizações), e a da covid também estaria na lista. (Poder 360)

O Ministério da Cidadania vai regulamentar o crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. O decreto, que sairá no Diário Oficial da União de hoje (12), facilitará o acesso ao crédito, com taxas de juros mais baixas. A mudança permite que o governo dê descontos no valor do auxílio para o pagamento de empréstimos e financiamentos. O empréstimo consignado é concedido com desconto automático das parcelas em folha de pagamento. (Poder 360)

Ministros e aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) buscaram minimizar nesta quinta-feira (11) o impacto dos diversos atos em defesa da democracia. Mas, conforme apurou o Valor, os eventos causam preocupações no entorno do presidente e dentro da campanha. A estratégia, até o momento, tem sido classificar as manifestações como um movimento em favor da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal rival de Bolsonaro na eleição presidencial de outubro. Alguns aliados se mostraram apreensivos com a possível repercussão da cobertura massiva dada pela mídia aos eventos no Largo São Francisco e na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, replicados em outras cidades país afora. E sobre como isso afetará a imagem do presidente, sobretudo junto ao eleitorado indeciso.

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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