Copom aumenta Selic para 13.75%

Compartilhe o post:

NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Mercados avançam com diminuição das tensões geopolíticas.
  • As bolsas na Ásia fecharam em alta, após um rali em Wall Street e à medida que tensões geopolíticas diminuíram com o fim da viagem da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. O índice Hang Seng avançou 2,06% em Hong Kong, enquanto o Xangai Composto subiu 0,80% e o Nikkei registrou alta de 0,69%. 
  • As bolsas europeias operam com viés de alta, na esteira de balanços corporativos melhores do que o esperado. A exceção é o mercado de Londres, que cai levemente na expectativa de que o Banco da Inglaterra (BoE) anuncie uma elevação de juros mais agressiva para combater a persistente inflação no Reino Unido. Assim, o Stoxx Europe 600 avança 0,63%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,73%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,56%, a US$ 97,32 o barril. O petróleo se recupera do nível mais baixo em quase seis meses.
  • O ouro avança 1,0%, a US$ 1.782,93 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 22,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:30 EUA: Pedidos Iniciais por Seguro Desemprego 
  • 09:30 EUA: Balança Comercial (Jun)
  • 11:00 Zona do Euro: Discurso de Dirigentes do BCE

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa andou menos do que os mercados do exterior, após ter se descolado na sessão anterior da cautela global suscitada pela visita de Nancy Pelosi à Taiwan. Desse modo, o índice da B3 avançou 0,40%, a 103.774,68 pontos.

A quarta-feira de decisão de política monetária no Brasil foi de juros em queda firme a partir dos vencimentos intermediários refletindo, em boa medida, a expectativa com o comunicado do Copom. Não pela decisão em si, mas sim pela sinalização futura sobre a Selic.

O dólar encerrou a sessão praticamente estável, com alta de 0,02%, a R$ 5,2780, em um pregão marcado por instabilidade e trocas de sinal, com investidores digerindo dados da economia americana e declarações de dirigentes do Fed.

O Copom do Banco Central (BC) decidiu elevar a Selic para 13,75%. Dessa forma, a alta de 0,5 p.p. é a 12ª consecutiva, algo inédito na história do Comitê. Com o patamar atingido, o país volta a sua maior taxa de juro, desde 2017. O comunicado indicou que as autoridades avaliarão se uma alta adicional será necessária em sua próxima reunião e observou que, se for o caso, o movimento será um incremento mais modesto. Para acessar o relatório do comunicado, acesse aqui.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta, com acionistas acompanhando discursos de diversos dirigentes do Fed e resultados dos índices de gerentes de compras (PMIs) americanos. Além disso, o fim da viagem da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, trouxe algum alívio aos mercados. O índice Dow Jones subiu 1,29%, enquanto o S&P 500 avançou 1,56% e o Nasdaq teve alta de 1,59%.

As taxas dos Treasuries subiram, ganhando fôlego ao longo da sessão, em meio a declarações interpretadas como favoráveis a mais aperto monetário de dirigentes do Fed. O dólar avançou 0,25%, com investidores atentos a indicadores dos Estados Unidos e também a declarações do Fed. 

Entre dirigentes, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, reiterou desejo de juros entre 3,75% e 4% ao fim do ano. Da distrital de São Francisco, a presidente Mary Daly afirmou considerar razoável alta de 50 pontos-base na próxima reunião, em setembro. Enquanto o presidente do Fed Richmond, Tom Barkin, afirmou que a recessão é uma possibilidade e frisou a necessidade de controlar a inflação. E da distrital de Minneapolis, Neel Kashkari disse que um corte de juros em 2023 parece “muito improvável”.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços dos EUA caiu de 52,7 em junho para 47,3 em julho, atingindo o menor nível em 26 meses e com a leitura abaixo de 50 apontando contração na atividade, de acordo com pesquisa final divulgada pela S&P Global. A leitura definitiva de julho, porém, veio acima da estimativa prévia e da projeção de analistas consultados pelo WSJ, de 47 pontos em ambos os casos.

Enquanto o PMI composto dos EUA recuou de 52,3 para 47,7 no mesmo período. Assim, indicando que a atividade na maior economia do mundo se contraiu no início do terceiro trimestre. O dado final de julho, contudo, também ficou acima da estimativa inicial, de 47,5.

O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços dos EUA subiu de 55,3 em junho para 56,7 em julho, conforme pesquisa do Instituto para Gestão da Oferta (ISM). O resultado contrariou a expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam recuo a 54,0.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O índice dos gerentes de compras (PMI) composto do Brasil recuou de 60,8 pontos em junho para 55,8 em julho, de acordo com a S&P Global. Após atingir em junho a segunda maior taxa de avanço desde o início da série histórica – em março de 2007 -, o crescimento da produção do setor privado brasileiro diminuiu em julho, com atenuação no aumento da taxa tanto de fabricantes de produtos quanto de prestadores de serviços. O PMI específico de serviços caiu de 59,4 pontos para 55,3, no período, a taxa de expansão mais lenta desde fevereiro, ainda que acentuada em termos de dados históricos.

POLÍTICA NO BRASIL

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotaria o atual ocupante do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), por 50% a 40% em um confronto de 2º turno, conforme pesquisa PoderData realizada de 31 de julho a 2 de agosto de 2022. Outros 5% votariam em branco ou anulariam o voto neste cenário, enquanto 4% estão indecisos. A diferença entre os 2 pré-candidatos, de 10 pontos percentuais, mostra tendência de queda em comparação a rodadas anteriores da pesquisa. No levantamento de 19 a 21 de junho, Lula marcava 52% contra 35% de Bolsonaro ­­–17 pontos de vantagem. Um mês depois, de 17 a 19 de julho, a distância era de 13 pontos: 51% a 38%. (Poder 360)

Após avançar na articulação com o deputado André Janones (Avante-MG), que admite retirar a candidatura para apoiá-lo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou um diálogo com a Executiva Nacional do Pros, tradicional aliado do PT. A ofensiva é para que a legenda retire a candidatura do influencer Pablo Marçal para se alinhar à coligação liderada pelo PT no pleito presidencial. E, dessa forma, apoiar a chapa Lula-Alckmin. (Valor)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares