Rendimento de renda fixa supera 1% ao mês. As perspectivas para a bolsa brasileira são positivas.

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PERSPECTIVAS PARAS AS CLASSES DE ATIVOS

CLASSE DE
ATIVO
CURTO
PRAZO
MÉDIO
PRAZO
COMENTÁRIOS
Renda Fixa Pós
Esperamos uma alta de 0,50 ponto percentual da Selic na próxima reunião do Copom (03/08), que levará a taxa para 13,75%, e sinalização de encerramento do ciclo. Mas pode ser que o BC ainda deixe a porta entreaberta para mais uma alta de 25 bps, dada a incerteza conjuntural. Essa informação será a mais importante e virá no comunicado pós-copom ou na ata, na semana seguinte.

Com os juros avançando no próximo ano em patamar de dois dígitos, os rendimentos  mensais dos ativos pós-fixados, incluindo os títulos públicos (Tesouro Selic – LFT), privados e os fundos de renda fixa, seguem a partir de 1% bruto.
Renda Fixa – Pré
A classe prefixada apresenta excelentes oportunidades. Com o ciclo de alta de juro mais próximo do fim no Brasil, além dos dados do PIB e da inflação nos EUA, bem como a decisão do Fed na última semana, os prêmios pelo risco nos prefixados podem retrair rapidamente.

O título do Tesouro pré com vencimento em 2025, que estava sendo negociado no início da semana passada a 13,20% no Tesouro Direto, já voltou para o patamar de 12,75%. Em títulos bancários há taxas acima de 15% a partir de um ano. E ainda há taxas acima de 16% para prazos mais longos.
Renda Fixa Inflação
O IGP-M variou 0,21% em julho, ante 0,59% no mês anterior. Com este resultado o índice acumula alta de 8,39% no ano e de 10,08% em 12 meses. No índice de preços ao produtor, os combustíveis ainda estão pesando negativamente, enquanto a queda do minério de ferro ajudou a equilibrar o resultado. 

A leitura do IPCA-15 de julho foi positiva, de forma geral, sinalizando que o pior começa a ficar para trás. O indicador foi puxado principalmente pelos impactos iniciais dos cortes de impostos sobre combustíveis e energia elétrica e, em menor medida, pelo arrefecimento da inflação de bens industriais. O item “alimentos” veio bem comportado. No entanto, o resultado de serviços ainda pesa e está difundido. Desse modo, o IPCA-15 registrou um aumento de 5,79% no acumulado do ano, enquanto, no acumulado em 12 meses, a alta foi de 11,39%.

Para julho, estimamos uma deflação pontual de 0,62% no IPCA. Como consequência, o resultado do respectivo mês da classe será impactado. Como algumas medidas estão vigentes apenas até o fim deste ano, prevemos o “efeito rebote” com a volta dos preços para o indicador de 2023. Projetamos a inflação em 5,4% no próximo ano.

Com isso, a classe indexada à inflação segue como alternativa para obter ganhos reais acima de 6% ao ano, no curto e médio prazos.
Imobiliário
A perspectiva  para os fundos imobiliários ainda é neutra no curto prazo. 

Vemos oportunidades em fundos de lajes corporativas e logística, operando com descontos de mais de 50% sobre o valor patrimonial, mas o atual patamar de juro ainda é desafiador para a classe.  

Os dividendos distribuídos, sobretudo pelos fundos de recebíveis, continuam atraentes, muitos com rendimentos superiores ao CDI e até mesmo acima do IPCA, isentos de imposto de renda. Dessa forma, seguem indicados para objetivos de geração de renda recorrente.  

Veja aqui as oportunidades destacadas pela equipe de produtos.
Multimercado
Os fundos multimercado macro, além da vantagem dos juros altos, podem alcançar retornos superiores operando as distorções de preços dos ativos. Por isso, seguimos com perspectivas positivas para o curto e médio prazos.

Ainda assim, as preocupações com o crescimento global em contexto de condições monetárias mais restritivas e as dúvidas se os EUA vão conseguir gerenciar um pouso suave da economia adicionam volatilidade aos mercados.  Por isso, os fundos devem estar em conformidade com o perfil do investidor.

Veja os fundos recomendados pela área de Fundos.
Câmbio
O dólar perdeu força no final do mês e reverteu a alta em queda, sobretudo após a reunião do Fed.  Entendemos que uma realização poderia acontecer após a divulgação da ata do Fomc, mas os indicadores econômicos que saíram na última semana (PIB e PCE dos EUA) ajudaram a antecipar o movimento.

O DXY, que expressa a variação do dólar frente aos principais pares, caiu mais de 3% desde o pico que atingiu na segunda semana de julho. Ainda acumula 10% de alta no ano. 

Todavia, o diferencial de juros é muito alto e tende a contribuir para a apreciação do real. Em contrapartida, a situação política é adversa, sendo um fator altista para a taxa de câmbio.

Na atualização da nossa análise sobre a taxa de câmbio real de equilíbrio inferimos, para 2022, a taxa média no intervalo R$ 5,15 – R$ 5,25, com  expectativa para cotação do dólar em dezembro de R$ 4,90. A taxa de câmbio atualmente negociada é 5% abaixo daquela observada em janeiro, apesar dos choques da guerra na Ucrânia e de política monetária.
Commodities/
Ouro

O ouro subiu 2,2% na semana passada e recuperou o nível de US$ 1.770 a onça,  à medida que o risco de uma recessão esfriou as expectativas de quão acentuadamente o Federal Reserve aumentará as taxas para domar a inflação. 

O ouro é um ativo considerado porto seguro para cenários de inflação alta. 

Ainda assim, há preocupação de que a demanda por joias de ouro possa cair em meio ao crescimento econômico mais fraco em alguns dos maiores mercados, de acordo com o World Gold Council, que destacou o consumo potencialmente fraco na China e na Índia.
Renda Variável
Seguimos com perspectivas positivas para a bolsa brasileira, dado o nível de preço das ações.  Trabalhamos com o target de 125 mil pontos para o Ibovespa. No entanto, é difícil precisar o timing da retomada neste cenário de incertezas. 

O Brasil pode se beneficiar de um rearranjo dos fluxos de capitais após a consolidação da política monetária global. Além disso, como nossa bolsa é uma das mais descontadas, pode potencialmente atrair grande volume de capital estrangeiro. 

Atualmente, o P/L do Ibovespa está em 6x, bastante inferior à média da década passada (13x). No pior momento, no governo da Dilma, o P/L foi a 9x. 

Em uma semana de melhora no humor do investidor estrangeiro, o Ibovespa andou mais de 4% e o fluxo de estrangeiro para a bolsa aumentou. Em julho, a B3 teve o ingresso de R$ 1,55 bilhão de investidores do exterior.  No entanto, o fluxo dos outros segmentos ainda é de retirada.  

As sugestões dos nossos especialistas para investimentos em renda variável estão em Trade Ideas e Carteiras de ações.
Investimento no Exterior
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed elevou a taxa dos Fed Funds em 75 pontos-base, para a faixa entre 2,25% e 2,50% ao ano, e antecipou que novos aumentos nas taxas de juros serão apropriados.

A votação, que incluiu dois novos membros – o vice-presidente de supervisão Michael Barr e a presidente do Fed de Boston, Susan Collins – foi unânime. 

Powell disse que não acredita que a economia esteja em recessão, citando um “mercado de trabalho muito forte” como evidência. O presidente do Fed  afirmou que o ideal é decidir o tamanho da alta nas taxas a cada reunião, seguindo os mesmos passos do BCE, que abandonou o forward guidance e subiu os juros em 0,50 ponto percentual. Ele disse ainda que a política monetária precisa ficar “ao menos moderadamente restritiva”.

Os comentários sobre uma moderação no ritmo dos aumentos das taxas provocaram uma alta nas ações dos EUA, com os rendimentos do Tesouro caindo junto com o dólar.

Taxas mais altas já estão tendo um impacto na economia dos EUA. Os efeitos são particularmente evidentes no mercado imobiliário, onde as vendas desaceleraram.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos registrou contração de 0,9% no segundo trimestre deste ano, em termos anualizados, de acordo com a primeira leitura do indicador divulgada pelo Departamento do Comércio do país. 

O índice de preços de gastos com consumo (PCE) subiu à taxa anualizada de 7,1% entre abril e junho, conforme também informou o Departamento do Comércio, replicando o desempenho do primeiro trimestre. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, avançou 4,4% no mesmo intervalo, após alta de 5,2% no trimestre anterior.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou a projeção de alta do PIB global de 3,6% para 3,2%, conforme mostra o relatório de Perspectiva Econômica Mundial. No documento, a instituição destacou a Guerra da Ucrânia, a inflação mundial, a escalada da crise do setor imobiliário da China e uma fragmentação geopolítica que poderia impedir o comércio global e a cooperação como os principais riscos. 

Assim sendo, o ambiente externo ainda sugere cautela no curto e médio prazos para os investimentos.
Criptoativos
Taxas de juros crescentes e colapsos de alto nível, como o do fundo de hedge de criptomoedas Three Arrows Capital, derrubaram os tokens digitais este ano. O Bitcoin caiu mais de 50% desde o início de 2022.

A alta do dólar em relação a todas as principais moedas dos mercados desenvolvidos proporcionou ainda outro vento contrário para os tokens digitais.

Mas em julho, as criptomoedas se destacaram. O Bitcoin subiu 27% e a vemos com melhores olhos do que as outras pares.

Órama DTVM, Renda Fixa Retorno , Diversificação de Renda Fixa


Este material foi elaborado pela Órama DTVM S.A.. Este material não é uma recomendação e não pode ser considerado como tal. Recomendamos o preenchimento do seu perfil de investidor antes da realização de investimentos, bem como que entre em contato com seu assessor para orientação com base em suas características e objetivos pessoais. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao valor total do capital investido. Este material tem propósito meramente informativo. A Órama não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações aqui divulgadas. As informações deste material estão atualizadas até 01/08/2022.

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