Petrobras – Mais um ano de dinheiro no bolso para o acionista da Petrobras

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Mais um ano de dinheiro no bolso para o acionista da Petrobras

A Petrobras anuncia mais um super dividendo.

Na sexta feira, 29/jul, a cia anunciou que pagará aos seus acionistas, a título de dividendos, R$ 6,73 por ação. O dividend yield nos preços de hoje é, portanto, cerca de 20%. O investidor que tenha interesse em se beneficiar deste dividendo deverá ser detentor das ações no fechamento do pregão do dia 11/ago – a data EX, ou data de corte. O dividendo será pago em duas parcelas de igual valor. A primeira delas será creditada no dia 31/ago, e a segunda no dia 20/set.

Vale a pena comprar as ações da Petrobras?

Um dividend yield de 20% num ano certamente é um número que chama a atenção, mas é importante contextualizar este número. A Petrobras vem há alguns anos se preparando para este excelente momento de mercado, e portanto há muita incerteza sobre a continuidade deste patamar de dividendos – serão R$ 87,8 bilhões de Reais pagos. Não acreditamos que as ações da Petrobras sejam hoje um investimento com excelente perspectiva de risco/retorno. Detalhamos os principais riscos do investimento na página seguinte.

Devo reinvestir os meus dividendos?

Sim. O reinvestimento dos dividendos é uma ótima estratégia para valorizar o seu patrimônio, aumentando inclusive os dividendos que você receberá no futuro. Você pode comprar mais ações da Petrobras se desejar – cada 4 ações da Petrobras hoje no seu portfólio renderão dividendos o bastante para você adquirir uma ação adicional. Você pode também optar por comprar ações de outras empresas, renda fixa ou fundos de investimento.

Vale a pena comprar as ações da Petrobras exclusivamente visando embolsar o dividendo?

É importante salientar que, no pregão do dia seguinte à data de corte, a ação da Petrobras (e qualquer outra pagadora de dividendos) abre o pregão negociando com um desconto equivalente ao valor do dividendo. Observamos este fenômeno nos dividendos de abril e maio, e o mesmo acontecerá para este pagamento. Não existe ganho direto nesta estratégia.

Principais riscos do investimento em Petrobras

O momento hoje para a Petrobras é excelente. Porém, vislumbramos uma possibilidade bastante alta de que esse patamar de lucros não permaneça por muito tempo. Por esta razão, não recomendamos o investimento na ação por um prazo muito longo. Os principais riscos são os seguintes:

1: A incerteza política.

Por um lado, a gestão atual da Petrobras, instaurada no governo Temer, é pautada por uma estratégia clara de foco no real diferencial competitivo da empresa, que é extração e produção em águas ultra profundas – o pré sal. A empresa vem deixando outros negócios, como poços maduros, refino, distribuição de combustíveis, distribuição de gás e transporte, para players mais aptos da iniciativa privada. Uma ruptura desta política por parte do controlador – o Governo – seria danosa para o investimento do acionista. Por mais que existam mecanismos institucionais colocados para evitar o uso político da companhia, acreditamos que não seriam eficazes num cenário de um controlador mal intencionado.

2: A incerteza de mercado.

O petróleo é um insumo cujo preço é sujeito a bastante volatilidade historicamente, e em especial nos últimos anos. O equilíbrio entre oferta e demanda hoje é muito favorável aos produtores. A demanda global está ainda razoavelmente aquecida, enquanto a oferta sofre de um problema estrutural. As grandes do setor estão sendo politicamente coibidas de fazerem novos investimentos pela narrativa ESG. Em paralelo, a iniciativa bélica russa na Europa e a consequente retaliação adicionam também à escassez de curto prazo da commodity – a Rússia é grande exportadora. Esse cenário favorável que se formou pela conjunção de diversos fatores, pode também se reverter rapidamente, ocasionando uma queda no preço do barril. Em especial, os principais bancos centrais do mundo estão no início de um ciclo de alta dos juros, tendo em vista frear a inflação através da atividade econômica. Um arrefecimento da atividade econômica tradicionalmente reduz a demanda por petróleo, o que deve acabar puxando o preço para baixo.

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O disclaimer da referida análise encontra-se no relatório completo disponível abaixo.

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