A inflação persistente nos EUA pressiona o BC americano a subir mais o juro. Aqui, o Governo aprovou medidas para conter os preços em 2022

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PERSPECTIVAS PARAS AS CLASSES DE ATIVOS

CLASSE DE
ATIVO
CURTO
PRAZO
MÉDIO
PRAZO
COMENTÁRIOS
Renda Fixa Pós
Seguimos com o fim do ciclo da Selic em 13,75%, sendo mais duas altas de 0,25 p.p. ou apenas uma elevação de 50 bps na próxima reunião (03/08). 

Depois, o BC deverá manter os juros em nível de dois dígitos até o final do terceiro trimestre de 2023, dado que enfatizou a inflação de 2024 na última ata.  

Na ata do FOMC (Comitê de Política Monetária do BC dos EUA), que saiu no dia 06, nenhuma novidade. Mas o CPI de junho acima do esperado (1,3%) reforçou apostas de que o Fed poderá subir o juro em 1 pp no fim do mês. Juros americanos mais altos levam a reprecificação dos ativos globais.   

O IPCA de junho de 0,67% veio abaixo das expectativas de mercado (0,71%) e em julho deverá ser negativo, após aprovação no Congresso das  medidas fiscais do governo para combater a inflação deste ano. 

Dessa forma, os ativos pós-fixados, públicos (Tesouro Selic -LFT), privados e também os fundos de renda fixa provêm retornos significativos para as carteiras e atenuam as perdas nas demais classes.
Renda Fixa – Pré
A classe prefixada apresenta oportunidades, dado o ciclo de alta mais próximo do fim e a taxa em patamar elevado pelo ano de 2023. 

O título do Tesouro pré com vencimento em 2025 está sendo negociado acima de 13,40% no Tesouro Direto. Contudo, entre os títulos bancários há taxas acima de 15% a partir de um ano. 
Renda Fixa Inflação
As medidas fiscais do governo para combater a inflação deste ano, nos levaram a reduzir a projeção para o IPCA de 2022 para 7,3%. O PLP 18, que estabelece teto de 18% para o ICMS de produtos essenciais (combustíveis, transporte coletivo, energia elétrica e serviços de telecomunicações) até 31/12, tem efeito de conter a inflação em 2022.

Para julho, estimamos uma deflação pontual de 0,65% no IPCA. Como consequência, o resultado do respectivo mês da classe será impactado.

Como algumas medidas estão vigentes apenas até o fim deste ano, prevemos o “efeito rebote” com a volta dos preços para o indicador de 2023. Projetamos a inflação em 5,4% no próximo ano.

Com isso, a classe indexada à inflação segue como alternativa para travar ganhos reais acima de 6% ao ano, no curto e médio prazos.
Imobiliário
Seguimos com perspectiva neutra para os fundos imobiliários no curto prazo. 

Apesar das oportunidades, com fundos de lajes corporativas e logística negociando com descontos de até 35% sobre o valor patrimonial, os próximos meses devem continuar desafiadores para a classe. 

Os dividendos distribuídos continuam atraentes, muitos com rendimentos superiores ao CDI e até mesmo acima do IPCA, isentos de imposto de renda. Por isso, continuam indicados para objetivos de geração de renda recorrente.  

Veja aqui as oportunidades destacadas pela equipe de produtos.
Multimercado
Os fundos multimercado macro, além da vantagem dos juros altos, podem alcançar retornos superiores operando as distorções de preços dos ativos. Por isso, seguimos com perspectivas positivas para o curto e médio prazos.

No entanto, todas as incertezas que derivam do cenário de inflação persistente e das decisões de política monetária dos principais bancos centrais do mundo vão manter a volatilidade em alta.  É mandatório que fundos escolhidos estejam em consonância com o perfil do investidor.  

Veja os fundos recomendados pelo nosso time.
CâmbioO dólar deve continuar se fortalecendo, refletindo a política austera do FED para combater a inflação. Essa percepção se acentuou no mercado, após o CPI de junho, que veio acima das expectativas. 

O DXY, que expressa a variação do dólar frente aos principais pares (euro, iene, libra, dólar canadense, franco suíco e coroa sueca), atingiu seu maior patamar desde 2002 e acumula 12% de alta no ano. 

Como esse movimento deve afetar também as divisas dos emergentes, revisamos o intervalo médio do dólar para o ano para entre R$ 5,15 e 5,25.

O diferencial de juros segue como um fator baixista para o dólar, no entanto, os gastos do governo acima do teto para conter a inflação e indefinições das eleições ainda pesam negativamente sobre o real.   
Commodities/
Ouro

Especulamos que a queda recente do ouro possa estar relacionada a um movimento para cobrir as perdas com criptos e outro ativos. 

O metal precioso chegou a perder o patamar dos US$ 1.700 a onça, com o fortalecimento do dólar.  Neste nível, o ouro nos parece com preço atrativo.  
Renda Variável
Seguimos com perspectivas positivas para a bolsa brasileira, dado o nível de preço das ações.  Trabalhamos com o target de 125 mil pontos para o Ibovespa. No entanto, é difícil precisar o timing da retomada neste cenário de incertezas. 

O Brasil pode se beneficiar de um rearranjo dos fluxos de capitais após a consolidação da política monetária global. Além disso, como nossa bolsa é uma das mais descontadas, pode potencialmente atrair grande volume de capital estrangeiro. 

Atualmente, o P/L do Ibovespa está em 6x, bastante inferior à média da década passada (13x). No pior momento, no governo da Dilma, o P/L foi a 9x. 

Nosso maior receio é se o aperto da política monetária nos EUA vai desencadear uma queda ainda mais profunda das suas bolsas. 

As sugestões dos nossos especialistas para investimentos em renda variável estão em Trade Ideas e Carteiras de ações.
Investimento no Exterior
O ambiente externo requer cautela no curto e médio prazos.

A ata do FOMC (Comitê de Política Monetária do BC dos EUA), que saiu no dia 06, não trouxe nenhuma novidade. Contudo, o CPI de junho acima do esperado (1,3%), com a alta de preços de serviços e aluguéis disseminada, pressiona o Fed para subir o juro em 1 pp no fim do mês e fortalece ainda mais o dólar.

Os resultados corporativos do segundo trimestre serão acompanhados de perto, sobretudo das varejistas, que podem sinalizar o ímpeto da economia.

O mercado aguarda também a decisão de política monetária do BCE, que expressou a  intenção de subir em 0,25 p.p. os juros. Será a primeira alta em 11 anos.
A taxa está em -0,5%.

O governador do BOJ, Haruhiko Kuroda, continua dizendo que é muito cedo para reduzir a flexibilização monetária e aumentar as taxas no Japão.
Criptoativos
A queda de criptomoedas de junho deu lugar a uma recuperação acentuada. O cenário ainda está nebuloso para a classe, com uma inflação persistentemente alta que deve desencadear mais aperto monetário em todo o mundo e a falência da semana passada do credor de criptomoedas Celsius Network Ltd. servindo como um novo lembrete de potencial contágio.

Os investidores estão atentos às oscilações do Bitcoin entre US$ 19.000 e US$ 22.000. O token não é negociado consistentemente acima desse intervalo desde meados de junho, quando as notícias de que o credor de criptomoedas Celsius Network havia congelado saques provocaram novas vendas de pânico.

Pelo atual nível de preço, entendemos que o Bitcoin possa estar em uma janela de compra interessante.

Órama DTVM, Renda Fixa Retorno , Diversificação de Renda Fixa


Este material foi elaborado pela Órama DTVM S.A.. Este material não é uma recomendação e não pode ser considerado como tal. Recomendamos o preenchimento do seu perfil de investidor antes da realização de investimentos, bem como que entre em contato com seu assessor para orientação com base em suas características e objetivos pessoais. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao valor total do capital investido. Este material tem propósito meramente informativo. A Órama não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações aqui divulgadas. As informações deste material estão atualizadas até 19/07/2022.

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