A reabertura do Ibiuna Hedge STH: quando os astros se alinham

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“A ciclicidade econômica extrema é considerada indesejável. Força em excesso pode desencadear movimentos inflacionários e aquecer de tal forma a economia que uma recessão se torna inevitável. (…) Assim, faz parte do trabalho dos bancos centrais e funcionários do Tesouro gerenciar os ciclos.

Uma vez que os altos e baixos dos ciclos podem ser excessivos, as ferramentas para lidar com eles são contracíclicas e implementadas com um ciclo próprio – idealmente inverso ao próprio ciclo econômico. No entanto, como tudo o mais que envolve ciclos, gerenciá-los está longe de ser fácil. Não fosse assim, não veríamos os extremos que realizamos.”

Howard Marks em Dominando O Ciclo de Mercado


Existem poucas pessoas, seja no Brasil ou no exterior, que os participantes do mercado param para escutar e ler quando há algo novo circulando. Howard Marks, fundador da gestora estadunidense Oaktree Capital, é uma dessas figuras icônicas no universo de gestão de recursos. 

Na passagem que introduz este texto, Howard Marks aborda um assunto mais atual do que nunca: os ciclos do mercado, ou mais especificamente, os ciclos de política monetária. De forma simplificada, a política monetária é o conjunto de ferramentas que os bancos centrais usam para controlar a liquidez na economia, ou seja, a circulação de dinheiro. Quanto mais persistentes as surpresas com inflação, mais árduo é o trabalho dos bancos centrais de elevarem os juros, principal instrumento usado, e freá-la. 

Desde 2020, navegamos por uma conjuntura de estímulos elevados, sobretudo com juros baixos e injeção de dinheiro na economia para mitigar os efeitos negativos da pandemia. A redução dos juros associada à reabertura das economias, gargalos em cadeias de suprimentos e guerra na Ucrânia fez a inflação avançar a passos largos ao redor do mundo, tornando inevitável um ciclo de alta de juros para tentar desacelerar a economia e o ritmo da inflação. 

Como destacado na passagem de Howard Marks, gerenciar esses ciclos e evitar os extremos é uma tarefa difícil para os bancos centrais. Como a diferença entre o remédio e o veneno pode estar no tamanho da dose, é uma vantagem ter gestores na carteira que possuem experiência prática nesse campo e que conhecem por dentro os principais bancos centrais ao redor do mundo. Esse é o caso do time da Ibiuna e, mais especificamente, do fundo Ibiuna Hedge STH, principal estratégia macro da gestora. A reabertura do fundo para captação dentro do contexto de inflação elevada que estamos navegando no mundo é uma oportunidade que demorará a estar na mesa novamente.

12 anos de história e R$ 30 bilhões sob gestão

A Ibiuna Investimentos é um dos casos de gestoras que foram fundadas a partir da união de profissionais que carregavam tanto a experiência prática na economia quanto no mercado financeiro. Nascida em 2010, a Ibiuna foi fundada por Rodrigo Azevedo e Mário Torós, ambos ex-diretores de política monetária do Banco Central do Brasil. 

Azevedo foi diretor de política monetária durante os anos de 2004 e 2007, inclusive tendo a posição de membro votante do COPOM, órgão que decide a taxa de juros básica do país. Torós ocupou o mesmo cargo de 2007 até 2009. Além dessa experiência prática com a política monetária no governo, ambos tiveram passagens pelo mercado financeiro antes de trabalharem no Banco Central. 

Rodrigo Azevedo tem doutorado e mestrado em Economia pela Universidade de Illinois de Urbana-Champaign, foi economista sênior no antigo Banco Garantia, economista-chefe do Banco Credit Suisse e, após sair do BACEN, virou sócio da JGP. Mário Torós foi Head de Mercados Emergentes em Londres (97-98) no Santander e Diretor Executivo responsável pela Tesouraria e Mercados (99-06) no Santander do Brasil. Também é mestre em Economia pela COPPEAD/UFRJ.

A trajetória de Rodrigo Azevedo e Mário Torós no setor público e privado rendeu a eles a experiência necessária para marcar a principal característica da Ibiuna no mercado: a especialidade em navegar ciclos de política monetária com o objetivo de antecipar movimentos de virada nesses ciclos para ganhar dinheiro. 

O peso da experiência

Na gestão do Ibiuna Hedge STH FIC FIM, além de Rodrigo Azevedo e Mário Torós como CIOs da gestão macro, o fundo também conta com outros books satélites, como de ações, crédito e quantitativo. O book de ações é liderado por André Lion e de crédito pela Vivian Lee e Eduardo Alhadeff. Vale destacar que esses dois books satélites têm uma parcela de risco, mas não representam posições direcionais no fundo.  

André faz parte da Ibiuna desde 2011 e tem uma longa trajetória com gestão de renda variável. Passou 10 anos no Itaú entre 2001 e 2004, onde foi responsável pelos fundos off-shore de renda fixa e renda variável e pelos books de renda variável nos fundos multimercado locais. Além disso, entre 2004 e 2007 esteve à frente do Itaú Equity Hedge, um dos principais fundos de Long & Short neutros do Brasil. Antes de entrar na Ibiuna, foi sócio-diretor da BRZ Investimentos entre 2007 e 2010, onde foi da diretoria executiva e responsável pela estruturação e gestão dos fundos fundamentalistas de renda variável.

Vivian e Eduardo passaram a integrar o time da Ibiuna a partir de 2020 e ambos possuem longo histórico de atuação com crédito. Vivian fez parte do BankBoston, Santander e Itaú Asset, sempre envolvida com operações estruturadas, modelagem/análise e gestão de crédito. Eduardo passou quase 10 anos atuando como sênior portfolio manager do J.P Morgan Asset, sendo que grande parte dessa trajetória foi em Londres como responsável pelos fundos de dívida corporativa de mercados emergentes globais com US$ 10 bilhões sob gestão. Antes dessa experiência no J.P Morgan, Eduardo já havia trabalhado na BRZ, mesma casa que Lion fez parte, na gestão de fundos de renda fixa e crédito, além de ter feito parte da tesouraria do J.P Morgan como trader de juros no início da sua carreira.

Tendo em vista que Azevedo, Torós, Lee e Alhadeff são CIOs do fundo para seus respectivos mercados, eles também contam com uma estrutura robusta de analistas e gestores em seus respectivos times. Na gestão macro são 12 profissionais, sem contar com Azevedo e Torós, que são divididos por região e especialidade. Na gestão de ações, são 9 profissionais, sem contar com Lion à frente do book. Por fim, na gestão de Crédito a Ibiuna conta com 4 profissionais. A célula de gestão quantitativa conta com 4 profissionais para desenvolver modelos que operam múltiplas estratégias.

Na Ibiuna, a área de pesquisa é central para a gestão da estratégia macro e conta com 8 economistas divididos de forma regional, fazendo com que a gestora consiga cobrir diversos continentes. Esse é um ponto importante de destacar: não é porque a gestora é brasileira que não há uma proximidade com o exterior. Os economistas dedicados à pesquisa macroeconômica fazem reuniões com banqueiros centrais ao redor do mundo e com outras peças fundamentais da rede de contatos construída pela Ibiuna ao longo desses 12 anos de existência, fornecendo uma vantagem competitiva importante para a casa.

Política monetária no sangue

Considerando a experiência prévia de seus sócios-fundadores, o Ibiuna Hedge STH tem como principal traço navegar por ciclos de política monetária, sobretudo antecipando movimentos e tendências nos mercados de juros, moedas, ações e commodities. O time de gestão acompanha com proximidade cerca de 30 países ao redor do mundo para entender em que momento do ciclo estão, como está o posicionamento dos bancos centrais e se existem oportunidade a serem capturadas na virada ou continuidade do ciclo. 

Para dar um exemplo prático da atuação do fundo, antes do período mais agudo da pandemia os gestores se posicionaram de forma estratégica no mercado de juros. Acreditavam que o cenário iria se deteriorar a ponto de enfrentarmos uma recessão global, o que jogaria o juros a patamares baixos para estimular a atividade econômica. Com esse posicionamento, que também foi acompanhado de uma redução da exposição à bolsa, conseguiram surfar essa queda dos juros e, posteriormente, a retomada no ciclo de alta.

Como o Ibiuna Hedge STH é um multimercado macro global, não há compromisso com uma região geográfica específica, o que acaba proporcionando uma versatilidade para alocar os investimentos nos países que existem mais oportunidades. Dentro dessa possibilidade de navegar por diversas regiões do mundo de forma dinâmica, o fundo pode explorar oportunidades nos mais variados mercados, como juros, ações, crédito, moedas e commodities. 

As posições macro, comandadas por Azevedo e Torós, contam com maior parcela de alocação do fundo e são guiadas pelo olhar da política monetária. Na estratégia ainda estão presentes os books de ações long and short neutro, crédito e quantitativo, contudo possuem menor parcela de risco e não são guiados pelo olhar de política monetária, ajudando a descorrelacionar a carteira do fundo. 

O fundo também conta com uma série de camadas de proteção na gestão de risco, como limites de drawdown e stops por gestor, visando mitigar o risco de posições perdedoras.

Uma recomendação para você

A reabertura do Ibiuna Hedge STH é uma oportunidade clara para os investidores de perfis moderado e arrojado garantirem no portfólio uma gestora forte, com time especializado e que tem um longo histórico de geração de retorno. 

Vale destacar alguns pontos específicos sobre a Ibiuna e o momento atual. Poucas gestoras no mercado abraçam com tanta convicção uma habilidade como a Ibiuna abraça a ideia de ter uma gestão macro especializada em identificar e capturar oportunidades em ciclos de política monetária, sabendo claramente qual seu foco e vantagem competitiva. A estratégia Hedge tem 12 anos de existência, o que é raridade em um mercado em que nascem e morrem muitos fundos todo ano. Essa longa caminhada colocou o time à prova de diversos desafios no Brasil e no mundo, sem perder a consistência nos retornos desde a criação do fundo.

Por fim, a abertura por si só já seria uma oportunidade de entrar em um fundo que desponta na indústria. Somado à abertura, existe o cenário atual. Voltamos a ter inflação ao redor do mundo, inclusive em países que não sobem juros desde os anos 90. Levando em consideração que teremos mais inflação, teremos mais ciclos de política monetária e, consequentemente, um mundo cheio de oportunidades para a Ibiuna capturar. 

Esse é o momento de ter no portfólio gestores que dominam a arte de identificar como poucos os momentos de virada nos ciclos de política monetária. Não tenha dúvidas, os astros estão alinhados: temos inflação no mundo todo e a oportunidade de ter ex-diretores de política monetária tomando decisões dentro da sua carteira através do principal fundo da Ibiuna.

Faça sua aplicação no Ibiuna Hedge STH FIC FIM aqui.

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