Mercados operam no vermelho à espera de pronunciamento do presidente do Fed

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NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Mercados operam no vermelho à espera de pronunciamento do presidente do Fed
  • As bolsas asiáticas fecharam em baixa. Investidores globais estão na expectativa para o testemunho de Powell no Senado americano, após o Fed promover o maior aumento de juros desde 1994 na última semana, em nova tentativa de combater a disparada da inflação. Assim, reforçando temores de uma recessão global. O índice acionário Xangai Composto caiu 1,20%, enquanto o Hang Seng desabou 2,56% e o Nikkei apresentou baixa de 0,37%.
  • Na Europa, as bolsas operam em baixa. Ao passo que uma forte queda nos preços do petróleo e dos metais básicos pressiona ações ligadas a commodities e após dados da inflação do Reino Unido reforçarem temores sobre a perspectiva econômica. Dessa forma, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,57%. 
  • O índice de preços ao consumidor (CPI) do Reino Unido subiu 9,1% em maio de 2022 na comparação anual, acelerando em relação ao ganho anual de 9,0% observado em abril, de acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). Enquanto a expectativa do mercado era de 9,2%. 
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,22%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 4,31% a US$ 109,71 o barril.
  • O ouro está de lado, a US$ 1.831,03 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 20,4 mil.
AGENDA DO DIA
  • 10:30 EUA: Discurso do Jerome Powell, Presidente do Fed 
  • 11:00 União Europeia: Confiança do Consumidor

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Descolado do exterior, o Ibovespa fechou em queda de 0,17%. O recuo foi puxado por ações de grandes bancos e pela Petrobras. Assim, o mercado continua a monitorar de perto o movimento político em torno dos preços praticados pela petrolífera, atento à eventual mudança na Lei das Estatais.

Um movimento de recuperação dos ativos de risco no exterior, na volta de feriado nos Estados Unidos, abriu espaço para a queda do dólar. Desse modo, a moeda fechou em baixa de 0,62%, a R$ 5,1540. Ao passo que os juros futuros terminaram a sessão regular perto da estabilidade. Destaque da agenda, a ata do Copom reforçou a sinalização do comunicado sobre o plano de voo do Banco Central.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York tiveram pregão com ganhos fortes, na volta do feriado  de Juneteenth. Após uma semana com perdas acentuadas, houve apetite de investidores por ações mais baratas, com o setor de energia em destaque. O índice Dow Jones fechou em alta de 2,15%, enquanto o S&P 500 avançou 2,45% e o Nasdaq teve ganho de 2,51%.

Ao passo que o dólar recuou ante o euro e a libra, em meio à recuperação de ativos atrelados ao risco nos mercados internacionais. O iene, porém, voltou a registrar forte depreciação após atingir seu menor valor ante a divisa americana em 24 anos, diante da política acomodatícia do Banco do Japão (BoJ). Dessa forma, o índice DXY fechou em baixa de 0,25%. 

Os rendimentos dos Treasuries subiram, com investidores acompanhando as falas do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin. O recuo no índice de atividade americano, medido pelo Fed de Chicago, também esteve no radar. Assim, no fim do dia a taxa da T-note de 10 anos avançava a 3,299%. 

Sem direito a voto nas decisões monetárias, Barkin disse que uma alta de 50 ou 75 pontos-base nos juros básicos dos Estados Unidos “parece razoável” na reunião de julho. Além disso, o dirigente observou que a inflação no país “está elevada, é de base disseminada e persistente”. Em outro evento, Barkin afirmou ver, sim, risco de recessão nos EUA, mas ressaltou que a maioria das recessões não são tão duradouras ou profundas como a Grande Depressão.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de atividade nacional dos Estados Unidos, elaborado pelo Fed de Chicago, caiu de +0,40 em abril (dado revisado) a +0,01 em maio, conforme pesquisa divulgada pela instituição. O resultado ficou aquém da estimativa de analistas consultados pela FactSet, que previam +0,35.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

Na ata divulgada pelo Banco Central, o Copom, avaliou como a deterioração do cenário externo, com guerra, commodities e BCs contracionistas afetarão a economia global. Dessa forma, antevê provável impacto negativo para o preço das commodities. Além disso, o comitê voltou a apontar que o ciclo de aperto monetário corrente foi bastante intenso e tempestivo e que, devido às defasagens de política monetária, parte considerável do efeito contracionista (e seu impacto sobre a inflação) ainda não foi observado. Assim, projeta inflação para 2022 em 8,8%, para 2023 em 4% e 2,7% em 2024, no seu cenário base. 

Ademais, sinalizou que vê apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando e sinalizou uma nova alta, igual ou de menor magnitude, na próxima reunião, em agosto. 

Para ler mais sobre a decisão do Copom, acesse nosso relatório

POLÍTICA NO BRASIL

O governo Jair Bolsonaro avalia a possibilidade de alterar a Lei das Estatais por meio de uma medida provisória (MP), confirmou ontem o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Os líderes partidários aguardam uma nota técnica que está sendo elaborada pelos ministérios e também exigem, de acordo com Barros, “engajamento” do governo para solucionar a alta dos combustíveis. Aprovada em 2016, a Lei das Estatais dificulta nomeações políticas para empresas públicas, trazendo uma série de exigências de qualificação técnica. (Valor)

Os 26 Estados e o Distrito Federal pediram ontem (22) ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspenda a liminar concedida pelo ministro André Mendonça para uniformizar as alíquotas do ICMS sobre os combustíveis em todo o território nacional. A alegação é a de que Mendonça, ao proferir decisão favorável ao governo do presidente Jair Bolsonaro, avançou sobre a competência do decano, relator de um outro processo que tramita na Corte sobre o tema. (Valor)

A prévia do plano da chapa composta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) é descrita por aliados como “um texto possível” a partir dos pontos de vista dos sete partidos que estão na coligação (PT, PSB, PSOL, Rede, PC do B, PV e Solidariedade). Conforme mostrou a Folha, a versão atual elevou o destaque a propostas para a Amazônia e a Petrobras, diante de dois temas que pressionam o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para mais notícias de Brasília, acesse o Panorama Político.

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