Riza Daikon: uma abordagem tática com Crédito Privado

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Nos últimos anos, a indústria brasileira de gestão de recursos presenciou um aumento expressivo no número de gestoras sendo formadas dentro de todas as classes de ativos, muitas vezes por profissionais com longa passagem por outras instituições. A questão central, porém, é que o mercado de gestão de recursos é um oceano vermelho, extremamente competitivo, em contraste com os mercados chamados de oceanos azuis, com baixa competitividade.

O cemitério de gestoras e fundos que não tiveram a capacidade de captar e bater o “breakeven” para conseguir sustentar de pé um negócio que, normalmente, envolve profissionais muito bem remunerados, está cheio.

Um time com experiência relevante, com performance comprovada, é uma das forças que acaba fazendo o dinheiro gravitar para uma gestora recém formada. Além disso, trazer ao mercado um produto diferenciado, que preenche lacunas, e abre uma brecha azul no meio desse oceano vermelho.

Com essa visão, a Riza foi formada em 2019 para trazer ao investidor produtos em nichos que não estavam sendo totalmente explorados. Um desses produtos é objeto deste relatório, o Riza Daikon FIC FIM CP.

Riza Asset: driblando o acaso

Fundada em 2019, a Riza Asset é uma gestora criada por Daniel Lemos, profissional com mais de 20 anos no mercado e com passagens por uma série de instituições no Brasil. O pontapé em sua carreira foi no Banco Pactual, em 2000, onde permaneceu por quase 10 anos. Depois de Lemos acumular passagens pela Maua Sekular, Octante Capital e Credit Suisse Hedging Griffo, fez parte da XP como Diretor de Produtos e Presidente do Comitê de Produtos, onde desenvolveu diversas frentes de negócios e times.

Mais de duas décadas no mercado desenvolvendo várias frentes de negócios e sendo sócio-fundador de outras gestoras, como a Octante, rendeu a Lemos a experiência necessária para identificar oportunidades de desenvolvimento de produtos para nichos que não eram tão explorados pelo restante da indústria. 

Uma coisa é certa de se dizer, os R$ 10 bilhões que estão atualmente sob gestão na Riza não foram parar lá por acaso, são consequência de uma gestora planejada, estruturada e estrategicamente desenhada para trazer produtos, em grande parte, diferentes para o investidor final, além de ter montado um time forte à frente das estratégias.

Traço fundamental da gestora, a inovação na hora de desenvolver produtos que se destacassem no meio do oceano vermelho da indústria de fundos refletiu na forma que os times de gestão são estruturados para comandar os 12 fundos da casa.

Gestão por núcleos

A partir da preferência de uma visão especializada em detrimento de uma visão generalista para seleção de títulos de crédito, a Riza foi estruturada a partir de núcleos de gestão que funcionam como pequenas gestoras independentes. Atualmente, são seis núcleos dentro da Riza:

Renda Fixa: gestão de ativos mais líquidos, como Debêntures (título de dívida emitido por empresas não-financeiras).

Direct Lending: gestão e originação de crédito para empresas que ainda não estão em fase de acessar o mercado de capitais.

Securitização e Carteiras: gestão de carteiras pulverizadas, podendo tanto comprar carteiras de recebíveis quanto comprar e originar os títulos e estruturas, como CRI, CRA e FIDCs.

Agro: soluções para toda cadeia do agronegócio, tanto com com compra de terras (equity) quanto em geração de crédito.

Venture Debt: gestão, originação e estruturação de crédito para empresas que possuem tecnologia como pilar central do seu negócio, independente do setor.

Real Estate: gestão e geração de crédito para otimizar a estrutura de capital das empresas que atuam no segmento.

Os diferentes fundos da Riza fazem uso dos núcleos de gestão de forma diferente. Por exemplo, a estratégia Meyenii faz uso de todos os núcleos, enquanto a estratégia do Riza Daikon fará uso apenas do núcleo de Renda Fixa, já que é focado em ativos mais líquidos.

Além disso, vale destacar que um dos pontos fortes no processo decisório, na nossa opinião, é a participação de todos os núcleos de gestão no comitê de investimentos, independente do fundo. Com isso, mesmo que uma operação vá para um fundo específico, a entrada do título na carteira contará com o input de diversos segmentos e expertises. Por exemplo, uma debênture do setor de Agro, para entrar no Riza Daikon, poderá contar com a opinião do núcleo de gestão Agro, mesmo que este núcleo não seja usado diretamente na estratégia Daikon.

Riza Daikon: uma abordagem tática com Crédito Privado

Levando em consideração a estrutura de gestão da Riza, que foca na especialização na hora de fazer a gestão dos ativos, a gestão da estratégia Daikon é feita através de um único núcleo, o de Renda Fixa. Como falado anteriormente, esse núcleo lida predominantemente com ativos mais líquidos do nosso mercado, como debêntures, mas também pode ter em carteira ativo mais ilíquidos. 

O gestor à frente da estratégia é Renato Jerusalmi. Iniciou sua carreira no Pactual em 2004 e foi analista sênior de crédito até 2008, quando foi para Londres cursar um MBA na London Business School. Ao voltar de Londres, retornou ao BTG Pactual como analista de Private Equity e atuou como Diretor Financeiro de duas empresas do portfólio do BTG. Em 2016, virou Head of Finance da PetroRio e foi responsável pela gestão de um caixa de US$ 150 milhões alocados em crédito no exterior. Antes de se juntar ao time da Riza, atuou na JGP como analista sênior de crédito, cobrindo tanto crédito offshore quanto crédito high yield local. Além de Renato, o time também conta com mais três analistas. 

Falando especificamente do fundo, o Riza Daikon FIC FIM CP é o multimercado de baixa volatilidade da Riza focado majoritariamente em ativos de Crédito Privado. Apesar de ser uma estratégia focada em ativos de crédito, o fundo tem mandato para alocar de forma tática com base no cenário macro, sobretudo em derivativos de juros e também em moedas. 

O fundo tem bastante versatilidade para capturar oportunidades no mercado de crédito, podendo usar diversas estratégias (ou teses, como a Riza chama). Por exemplo, usam a tese de fechamento quando compram um título esperando que a capacidade creditícia da empresa melhore, o que valoriza o título. Outra tese seguida é a de carregamento, na qual compram títulos que possuem uma boa taxa, mas se surgir uma oportunidade de venda com um preço interessante, podem vendê-lo. Por fim, também compram títulos que possuem boa relação de risco e retorno para levar, de fato, até o vencimento do título.

A carteira do fundo é bem pulverizada, o que garante a diversificação e mitiga o risco de um default (descumprimento das obrigações do devedor ou calote, no bom português) pelo emissor de um título. 

Quando lidamos com crédito privado, sempre há a possibilidade, mesmo que remota dependendo do rating (classificação de risco do título), de não ter o pagamento da dívida pela empresa. Parte desse risco pode ser mitigado tomando melhores decisões sobre o que investir e, naturalmente, isso atravessa o processo de investimentos da Riza. Fruto de anos de experiência no mercado, o networking construído por Lemos e demais gestores da casa faz com que consigam acessar clientes, fornecedores, funcionários e executivos das empresas que estão analisando para filtrar informações críticas para a decisão de investir ou não.

Uma recomendação para você

Em uma indústria inundada por fundos multimercado, o Riza Daikon FIC FIM CP é um produto que se destaca da média pela proposta de ser um multimercado de baixa volatilidade, majoritariamente focado em Crédito Privado, e que tem a liberdade para atuar baseado em fatores macroeconômicos em cenários mais extremos, como ver um dólar muito caro ou um juro muito estressado. 

Além disso, um dos fatores que acreditamos ser um diferencial é a forma com que os times da Riza estão estruturados. Através de núcleos de gestão independentes e com profissionais amplamente experientes em seus respectivos núcleos, a Riza tem a capacidade de atuar fortemente na coleta e checagem de informações para realizar os valuations, o que é uma vantagem competitiva valiosa.

Com suas raízes em inovação, em uma filosofia de forte diligência em relação às oportunidades no mercado e um traço tático, o Riza Daikon é uma estratégia única de baixa volatilidade para considerar para os portfólios moderados e arrojados.

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