Bolsas fecham em baixa com preocupação com a inflação e desaceleração americana

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NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Bolsas fecham em baixa com preocupação com a inflação e desaceleração americana.
  • Os mercados acionários asiáticos fecharam com viés de baixa, na esteira do recuo das bolsas de Nova York, em sessão na qual os negócios foram contaminados por temores de que a inflação e o aperto monetário global segurem o crescimento econômico das principais potências econômicas mundiais. Dessa forma, o Nikkei, de Tóquio, registrou queda de 0,16% e o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,00%. Contudo, a China terminou avançando 0,42%. 
  • Na Europa, as bolsas europeias sobem e recuperam as perdas da sessão anterior. O dia é marcado por feriado em Londres, que mantém os mercados locais fechados e reduz a liquidez nas bolsas de todo continente. Sinalizações de dirigentes do BCE seguem no radar, enquanto investidores aguardam pela definição da OPEP acerca da produção para julho. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,39%.  
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,92%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 2,50% a US$ 110,72 o barril.
  • O ouro avança 0,53%, a US$ 1.856,04 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: PIB (1° Tri)
  • 08:00 Brasil: IPP (Abr) 
  • 09:30 EUA: Pedidos por Seguro Desemprego 
  • 12:00 EUA: Estoques de Petróleo Bruto

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou o dia no zero a zero, com 0,01% de alta, aos 111.359,94 pontos. Ao mesmo tempo, os juros futuros encerraram a sessão alta, como resultado do clima de aversão ao risco no exterior e preocupações com a inflação global, acentuada pelo avanço nos preços do petróleo.

Além disso, o dólar abriu junho em alta firme de 1,09%, a R$ 4,8050, em movimento alinhado à onda de fortalecimento da moeda americana no exterior. Indicadores econômicos nos EUA e alta persistente do petróleo avivam temores inflacionários e trazem de volta a percepção de que o Fed pode ser mais agressivo no ajuste da política monetária. Desse modo, nem a perspectiva positiva para preços das commodities, sustentada por relaxamento das medidas restritivas contra o Covid-19 na China e por dados acima do esperado da produção industrial chinesa, conseguiram dar sustentação ao real.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, à medida que as preocupações com a inflação e uma possibilidade de desaceleração da economia americana geraram cautela para investidores. A sequência de aperto monetário Fed é alvo de atenção, em um dia no qual dirigentes voltaram a reforçar os sinais de novas altas de juros. Assim, o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,54%, o S&P 500 caiu 0,75%,e o Nasdaq recuou 0,72%. Da mesma forma, o rendimento dos Treasuries de 10 anos avançaram para 2,92%. Com efeito da alta dos juros, o índice DXY avançou 0,73%.

GUERRA NA UCRÂNIA

O presidente Volodymyr Zelensky disse que fornecer ao seu país armas de longo alcance não aumenta o risco de ataque ao território russo. Os comentários vem após o governo Biden afirmar que forneceria à Ucrânia um sistema de foguetes guiados capaz de atingir alvos de até 70 quilômetros. A Alemanha enviará um moderno sistema de defesa aérea e um radar anti-artilharia para a Ucrânia a fim de ajudar as forças do país a reagir contra o ataque russo, conforme afirmou o chanceler Olaf Scholz. 

As forças russas agora controlam 70% da cidade oriental de Severodonetsk, disse o governador de Luhansk, reforçando o objetivo de Moscou de tomar toda a área de Donbass na Ucrânia. Mais de 5,2 milhões de crianças precisam de assistência humanitária e pelo menos 262 foram mortas desde que a guerra começou há quase 100 dias, de acordo com a Unicef. Além disso, documentos revelaram que centenas de soldados russos escaparam dos combates na Ucrânia ou se recusaram a participar durante os estágios iniciais da guerra.

Os dados econômicos mais recentes mostraram que as fábricas russas tiveram produção e os novos pedidos caíram novamente em maio, levando a algumas perdas de empregos, de acordo com uma pesquisa com gerentes de compras feita pela S&P Global. (WSJ)

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de gerentes de compras (PMI) industrial dos EUA caiu de 59,2 em abril a 57,0 em maio, conforme pesquisa final divulgada pela S&P Global. A leitura definitiva ficou abaixo da estimativa preliminar de maio e também da previsão de analistas consultados pelo WSJ, que previam queda a 57,3. Apesar de ter reduzido, o avanço acima da barreira de 50 mostra que a manufatura se expandiu, ainda que em ritmo menor.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O PMI industrial do Brasil avançou a 54,2 pontos em maio, após 51,8 pontos em abril, de acordo com  a S&P Global. O resultado – o mais alto em oito meses – mantém o indicador acima do nível neutro, de 50 pontos, o que sinaliza expansão do setor.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), nomeou na tarde desta quarta-feira (1) o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) como relator do projeto de lei que altera a política de preços da Petrobras. O projeto obriga a Petrobras a tornar mais transparente a composição dos preços da gasolina, diesel e etanol. Assim, a estatal terá que divulgar mensalmente para a ANP tabelas com os custos detalhados de extração, refino, tributos, lucro e mark-up. Na terça-feira (31), o plenário da Câmara aprovou requerimento de urgência para o projeto. Desse modo, permite que o texto proposto pelo líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (MG), seja votado direto no plenário, sem precisar passar pelas comissões. (Valor)

Numa queda de braço entre governadores e a União, os Estados querem que o Congresso estabeleça uma conta de compensação, abastecida com dividendos da Petrobras, com o fim de reparar a perda de receita com a queda do ICMS. Além de sugerir o uso dos dividendos, o texto articulado pelos Estados e enviado para o Congresso Nacional diz que a chamada “Conta de Compensação Arrecadatória do ICMS” será dotada também de recursos de participação especial e royalties de exploração de petróleo. (Valor)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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